quarta-feira, 2 de março de 2011
Falando de prostituição
Passei um bom tempo atarefada, envolta em limites e matrizes, de modo que estive impossibilitada de escrever algo minimamente publicável. Como estou muito em falta resolvi escrever. E como a faculdade deixou a minha vida difícil, resolvi falar da vida fácil. Ou melhor, da difícil vida fácil na Literatura.
A prostituição é conhecida como a profissão mais antiga da Humanidade. Vários são os seus rostos e seus lares: as ruas, casas luxuosas, verdadeiras pocilgas. Tudo depende de quanto se está disposto a pagar. Por trás de todo esse comércio estão pessoas, com sentimentos, sonhos e anseios. Temos referências bíblicas com Maria Madalena, uma prostituta que se converte ao cristianismo, demonstrando que não importa o que a pessoa faça, somos todos iguais e todos em busca de algo que nos conforte e alivie nossas angústias… Falei bonito, não é? Agora, vamos ao que interessa: as dicas.
O primeiro livro do qual me lembro é “A leste do Éden”, de Steinbeck. Livro recomendadíssimo para qualquer ser humano com um mínimo de massa cinzenta. Nele, a história de Cathy (ou Catherine, como preferir) choca e impressiona. Ela utiliza dos artifícios da sua “profissão” para conseguir tudo e mais um pouco. É uma mulher fascinante e assustadora. Outra personagem que utiliza sua condição para obter alguma vantagem maior é Carol Dodson de “À caça de Amanda”, do estadunidense Andrew Klavan. Essa garota se aproveita da praticidade de profissão (afinal, o investimento é mínimo e o material é portátil) para fomentar uma fuga impressionante por todo o país, visando proteger sua filha Amanda, nesse que é um dos melhores thillers que já li. Buscando uma cultura diferente, as prostitutas Lótus e Cuco, duas chinesas vendidas pelos pais em “A Boa Terra” de Pearl S. Buck buscam enganar Wang Lung para garantir uma estabilidade financeira na velhice, que é exaustivamente temida por todas as prostitutas, pelo menos as literárias (que são as que conheço).
Indo para um campo mais tradicional, temos Marguerite, de “A Dama das Camélias” (Alexandre Dumas), um clássico da Literatura mundial, chupado por José de Alencar em “Lucíola” e por várias narrativas das telenovelas, sempre repetindo o mesmo plot, que eu, particularmente, acho muito sem graça. (Não atirem pedras em mim, não sou nenhuma crítica séria, só uma pessoa que dá dicas).
Posso citar a maravilhosa personagem Sônia, do maravilhoso livro "Crime e Castigo", de Dostoiévski. Eu não quero parecer intelectualóide e metida, mas esse é um dos meus livros preferidos de todos os tempos, pela maestria como a história é conduzida, e como a condição de prostituta de Sônia acaba sendo apenas uma fagulha na profundidade de sua personalidade.
Enfim, termino minha rota por aqui. Tentarei manter uma boa regularidade e espero sinceramente, contribuir em algo para vocês: seja para uma discussão ou uma leitura no tempo ocioso.
E postem suas sugestões, eu vou procurar atendê-las com a maior brevidade e capricho possíveis.
Beijos e bençãos,
Eternamente
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